O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a defender a chamada "pauta verde", com propostas para o desenvolvimento sustentável e proteção ambiental, como uma de suas "maiores prioridades". Ele falou durante o Fórum Parlamentar do G20, em Nova Delhi, na Índia, nesta quinta-feira (12). A bandeira já foi defendida pelo parlamentar publicamente em pelo menos outras duas ocasiões.
Lira declarou que "encontrar caminhos e soluções viáveis e duradouros para conciliar as demandas por crescimento econômico, inclusão social e proteção ambiental" é um "desafio particularmente decisivo e difícil para os países em desenvolvimento, que ainda têm de oferecer um padrão mínimo de bem-estar e segurança a grandes parcelas de suas populações".
"Precisamos, todos, implementar modos de produção e consumo mais sustentáveis. Precisamos, todos, mobilizar formas eficientes e íveis para geração, distribuição e consumo de energias limpas e renováveis. Precisamos, todos, abraçar formas colaborativas no plano internacional para promover os objetivos de desenvolvimento sustentável em benefício de toda a humanidade, e não apenas dos privilegiados de sempre", afirmou.
Na avaliação do presidente da Câmara, é preciso urgência em iniciativas legislativas e políticas públicas no plano nacional, além de mais diálogo e mais cooperação entre os Parlamentos internacionais", atuando "em favor da transferência de tecnologias necessárias para o desenvolvimento sustentável".
Por possuir a responsabilidade de "um dos mais belos e ricos territórios do planeta", "uma legislação ambiental das mais avançadas, como o Código Florestal, e uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta", segundo ele, o Brasil deve ter "sempre uma posição destacada nos diálogos internacionais sobre meio ambiente".
O presidente da Câmara citou como estratégicos para aprovação a curto prazo a regulamentação do mercado de carbono, o marco regulatório do aproveitamento energético offshore (que prevê a instalação de parques eólicos em alto-mar) e o marco regulatório da transição energética com ênfase no uso de hidrogênio. Lira também defendeu a ampliação do uso de biocombustíveis sustentáveis, como o etanol, para reduzir emissões.