Segundo informações publicadas pelo jornal britânico The Guardian, a FIFA planeja abrir consultas formais com clubes e confederações após a edição de 2025 do Mundial de Clubes, visando discutir uma possível expansão do torneio para 48 equipes já em 2029. A medida vem em resposta à insatisfação de grandes clubes europeus que ficaram de fora da atual edição do torneio, mesmo com forte apelo comercial e histórico esportivo.

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O Mundial de Clubes de 2025, com início marcado para o dia 14 de junho nos Estados Unidos, será disputado por 32 clubes e tem premiação total que pode chegar a US$ 125,8 milhões (cerca de R$ 680 milhões) ao campeão. No entanto, esse valor ainda é inferior ao que clubes como o PSG arrecadaram em campanhas vitoriosas na UEFA Champions League, o que gerou críticas por parte de clubes como Barcelona, Arsenal, Liverpool, Manchester United e Milan, que ficaram de fora da competição.

Taça do Mundial de Clubes da Fifa no CT do Botafogo
Taça do Mundial de Clubes da Fifa no CT do Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Pressão por mais vagas europeias

A FIFA limitou a participação de clubes europeus em 12 vagas, o que restringiu o o de gigantes que, mesmo com boas campanhas continentais entre 2021 e 2024, não conquistaram títulos. A regra de limite de dois clubes por país também é vista como um entrave. Por exemplo, o Liverpool foi excluído da lista, apesar de estar entre os oito melhores desempenhos da Champions League no período.

A expectativa é que a ampliação do torneio possa atender à demanda comercial e esportiva dos clubes europeus, ampliando ainda mais a visibilidade global da competição — algo de interesse direto da FIFA, que inicialmente enfrentou dificuldades para fechar acordos comerciais para a edição de 2025.

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Críticas de sindicatos e ligas

Apesar do entusiasmo por parte da FIFA e dos clubes interessados, a possível expansão encontra resistência. O sindicato internacional de jogadores FIFPro e o grupo European Leagues apresentaram uma queixa formal à Comissão Europeia, acusando a entidade máxima do futebol de abuso de poder e falta de consulta prévia ao definir o calendário do torneio.

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A FIFA nega as acusações e afirma que a oposição parte de "interesses comerciais próprios" de algumas ligas, classificando a crítica como "hipocrisia". A Comissão Europeia ainda não decidiu se irá investigar o caso.

Um futuro em aberto

Em entrevista recente ao The Athletic, o secretário-geral da FIFA, Mattias Grafström, afirmou que todas as possibilidades estão abertas para 2029, e que a organização está “muito aberta” a discutir novos formatos.

Com o torneio prestes a começar e os olhos do mundo voltados para os Estados Unidos, a FIFA aposta no sucesso de 2025 para transformar o Mundial de Clubes em uma competição ainda maior, mais lucrativa e mais global nos próximos ciclos.