O Cuiabá acionou o Banco Central contra Rubens Menin, dono majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético, pela dívida do Galo com o Dourado na contratação do atacante Deyverson. O time deve cerca de R$ 5 milhões a equipe mato-grossense e o caso já está na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD). A reportagem de O TEMPO Sports entrou em contato com membros da SAF do Atlético e também com a assessoria do clube, mas até a publicação da matéria não obteve retorno.

A reclamação feita pelo Cuiabá cita que “A Galo Holding, sob a gestão do Sr. Rubens Menin, assumiu o controle do Atlético Mineiro SAF com a promessa de quitação de ivos e gestão financeira responsável. No entanto, dados divulgados no balanço recente da SAF indicam um aumento expressivo da dívida da entidade, que já ultraa R$ 1 bilhão de reais, atribuído, em grande parte, à inadimplência e à não observância de compromissos assumidos no processo de aquisição e gestão do clube”.

Além do Atlético, Rubens também é dono do Banco Inter. Ciente disso, a reclamação do Dourado aponta que o empresário estaria inadimplente na Galo Holding, empresa que controla a SAF do Atlético, e faz a cobrança diretamente ao empresário. Para o Cuiabá, a situação afeta a credibilidade de Menin no mercado. 

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O Cuiabá se baseia no artigo 6º, inciso I da Resolução CMN nº 4.970/2021:  “A autorização para funcionamento de instituição financeira dependerá da análise da capacidade econômico-financeira dos controladores, de forma isolada ou em conjunto, compatível com o capital necessário à estruturação e à operação da instituição, bem como às contingências decorrentes da dinâmica do mercado”. 

O clube pede que o Banco Central apure a situação, por meio de uma área técnica. “Quanto à regularidade da situação de Rubens Menin à luz da regulamentação prudencial aplicável às instituições financeiras”, se referindo ao Banco Inter, que pertence ao empresário mineiro”, diz o documento. 

  1. A verificação da conformidade da sua situação econômico-financeira, inclusive como controlador de empresas inadimplentes;
  2. A análise do impacto que tais ivos podem ter na governança, liquidez e integridade do Banco Inter S.A.;
  3. A eventual instauração de procedimento istrativo para avaliação de idoneidade e aplicação das medidas previstas nos normativos aplicáveis, caso constatada infração.

A reportagem de O TEMPO Sports entrou em contato com o Banco Central e aguarda retorno.