Quem é pai ou mãe sabe muito bem que deve levar o filho regularmente ao posto de saúde para manter a caderneta de vacinação em dia. Mas será que este genitor entende que ele também precisa se imunizar? “A comunicação é maior quando a gente fala de criança, de adolescente. Mas a população não tem essa informação, não tem essa rotina, quando se trata do adulto, até porque o calendário do adulto e do idoso da rede pública ainda é um calendário menor, com menos vacinas”, afirma Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Neste Dia da Imunização (09/06), é importante lembrar que vacina traz prevenção somente para crianças, mas para pessoas de todas as idades. Especialmente a vacina contra a Gripe, que neste momento pode ser tomada por qualquer pessoa com mais de 6 meses de vida, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. 

Isabella Ballalai explica que nem todas as vacinas importantes estão disponíveis na rede pública, mas que o o é mais facilitado nos postos para os públicos mais vulneráveis. “Felizmente para aqueles grupos de adultos de maior risco como diabéticos, cardiopatas, pessoas com câncer e tantos outros que a gente chama de prioridades, que são as pessoas com maior risco para doença infecciosa grave, desfechos graves, o Ministério da Saúde oferece essas vacinas no Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, diz a médica.

Segundo a especialista, uma vacina que os adultos devem tomar a cada dez anos é a combinada para difteria e tétano - ou ainda a tríplice bacteriana, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, presente na rede privada. 

Para adultos com menos de 60 anos que não tomaram a tríplice viral na infância, nem tiveram sarampo, a recomendação é se vacinar para se protegerem de sarampo, caxumba e rubéola. Essa vacina está disponível tanto na rede pública quanto na rede privada. “Já a vacina da varicela a gente recomenda só para quem não teve catapora na infância”, explica a médica, lembrando que a vacina contra Hepatite B é recomendada para pessoas de todas as idades e Febre Amarela para todos os adultos com menos de 60 anos. 

Há recomendações também para imunizantes que não estão na rede pública, especialmente para os idosos - que são mais vulneráveis. "A partir dos 50 anos, a gente começa a ter outras vacinas recomendadas, que também fazem parte do calendário do idoso que não se vacinou com 50 anos. Temos a vacina pneumocóstica, que é contra as formas graves de infecção pneumocóstica, como doenças invasivas, meningite e pneumonia grave. E a vacina Herpes Zoster, porque a incidência de Herpes Zoster aumenta a partir de 50 anos".

"A vacinação foi capaz de aumentar a perspectiva de vida do brasileiro, então hoje o brasileiro vive mais anos graças à vacinação", conclui Isabella. Veja neste link todas as vacinas recomendadas pela SBIm para adultos.