BRASÍLIA - O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou nesta terça-feira (3) que o dólar vai ter uma “acomodação” caso o Congresso aprove as medidas de ajuste fiscal enviadas pelo governo.
No início da tarde desta terça-feira, a cotação da moeda americana estava em R$ 6,06. Desde o anúncio do pacote pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana ada, o câmbio tem se mantido no patamar histórico de R$ 6.
Questionado por jornalistas no Palácio do Planalto, Alckmin afirmou que o dólar tem um componente interno e um externo. “Ontem, no mundo inteiro, nós tivemos um estresse maior por componente externo. Por isso eu acho que essas coisas são transitórias. O câmbio é flutuante, do jeito que ele sobe, ele cai".
O vice-presidente também adotou um tom otimista em relação aos fatores internos, apostando na aprovação do projeto que corta gastos com políticas como o salário mínimo e outros benefícios.
"Se o Congresso der uma resposta rápida neste mês de dezembro aprovando as medidas para cumprir o arcabouço, déficit primário zero, e que reduzem despesas no curto, médio e longo prazo, nós devemos ter uma acomodação do dólar, o câmbio mais baixo”, declarou.
A expectativa de líderes governistas no Congresso é que o pacote de Haddad seja aprovado em até duas semanas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Para o ano que vem, devem ficar itens mais polêmicos, como mudanças na previdência dos militares e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.