BRASÍLIA — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repetiu, nesta quarta-feira (16), a promessa de tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU antes de encerrar o mandato, em 2026.

“Acabar com a fome no Brasil e no mundo não deve ser motivo de orgulho. É obrigação moral, ética, política e humanista. Queremos trazer o humanismo de volta para a governança”, disse Lula. 

A declaração ocorreu durante a cerimônia de de um pacote de medidas voltadas para o incentivo à produção sustentável de alimentos e à distribuição deles para a população em vulnerabilidade. 

O pacote de ações prevê a concentração de investimentos em duas frentes — os programas Alimento no Prato e o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). 

As duas principais medidas do Alimento no Prato são a expansão dos sacolões populares com preços mais íveis e também a construção de seis novas centrais de abastecimento, que serão implantadas em São Paulo, Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia. 

Outra ação prevista é o investimento de R$ 1 bilhão no programa Arroz da Gente, também apresentado nesta quarta-feira pelo presidente Lula, para aumentar a produção e a estocagem do grão.

A proposta é que pequenos e médios produtores interessados em produzir arroz assinem contratos com o governo, que garantirá a compra da produção. A segunda frente priorizará a produção de alimentos orgânicos e agroecológicos.

O governo quer investir em pesquisa e inovação nesse setor e também incentivar a inclusão de mulheres, indígenas e quilombolas na agricultura familiar. O Planalto não informou, entretanto, o valor que será gasto com o Plano Nacional de Agroecologia. 

Presença inusitada

Figura histórica do Corinthians, o jogador aposentado Emerson Sheik participou da cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, sentado na primeira fileira dos convidados, em frente ao presidente Lula. Corinthiano roxo, o petista citou Sheik durante o discurso e o agradeceu pelos gols que levaram o clube à final da Libertadores em 2012.