A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou a reunião do embaixador de Israel, Daniel Zonshine, com o ex-presidente Jair Bolsonaro e parlamentares bolsonaristas, na quarta-feira (8), na Câmara dos Deputados. Zonshine chamou os congressistas para a exibição de um vídeo sobre o ataque do grupo extremista Hamas a Israel.
“Mais uma vez o embaixador de Israel no Brasil intrometeu-se indevidamente na política interna de nosso país, num ato público com o inelegível Jair Bolsonaro, realizado em pleno Congresso Nacional”, publicou Gleisi nas redes sociais.
Para a deputada, Daniel Zonshine faz uma “manipulação” de um conflito em que a diplomacia brasileira atua “pela construção de uma solução pacífica”. Gleisi classifica como “espúria” e “repugnante” a relação entre o embaixador e Bolsonaro.
“O Brasil não ite que questionem nossa soberania. Esta é a lição que o embaixador de Israel não entendeu. O tempo da subserviência acabou junto com o mandato de Jair Bolsonaro, que prestava continência para a bandeira dos Estados Unidos e fez do Brasil um pária entre as nações”, completou.
Também nesta quinta (9), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-BA) pediu a expulsão do embaixador israelense do Brasil e disse que ele “cruzou a linha do aceitável”.
“Criticou publicamente Lula e o governo, que desde o início do conflito só pregam e trabalham pela PAZ, e agora se reúne com Bolsonaro e bolsonaristas pra fazer política? Devia estar seriamente empenhado em retirar brasileiros da região, isso sim. Basta. Que o Itamaraty avalie e requisite sua expulsão do país”, escreveu Lindbergh.