Servidores de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, envolvidos na poda de árvores na orla da lagoa Piquenique Literário foram afastados pela prefeitura. O corte, na última segunda-feira (10 de fevereiro), resultou na morte de ao menos 49 garças e deixou outras feridas em plena época de reprodução das aves.

O afastamento dos servidores foi anunciado pelo prefeito de Lagoa Santa, Breno Salomão. Na ocasião, ele itiu o erro do Executivo municipal, pediu desculpas à população e garantiu que “todas as apurações necessárias” serão feitas pelo município.

Além do afastamento dos servidores, o município também informou ter notificado, por crime ambiental, a empresa terceirizada responsável pela poda. “Gostaria de pedir desculpas pelo fato ocorrido. Reafirmo o compromisso de que isso nunca mais acontecerá na nossa cidade”, completou o prefeito.

Relembre o caso

Uma poda de árvores realizada na orla da praça do Piquenique Literário, em Lagoa Santa, resultou na morte de mais de 40 garças e deixou outras feridas na segunda-feira (10). A Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA) informou que, no total, 150 aves foram afetadas, entre animais mortos e feridos. A ação, conduzida pela prefeitura, aconteceu em plena época de reprodução dos animais, o que fez com que ovos e filhotes também fossem atingidos.

Embora a poda estivesse autorizada, os responsáveis pelo serviço foram autuados e levados à delegacia por crime ambiental, com base na Lei 9.605. Além disso, podem responder por maus-tratos contra animais. As aves feridas foram resgatadas por uma ONG e encaminhadas a um hospital veterinário.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou uma Notícia de Fato para investigar o caso e solicitou esclarecimentos à prefeitura.